quinta-feira, 11 de março de 2010

À vida.

Uma vez me disseram que eu não tinha amigos, tinha muitos conhecidos.
Que se algum dia eu precisasse de uma das pessoas que eu considero importantes pra mim, ia me decepcionar. Hoje, eu vi como é equivocado esse brusco comentário.
Não há nada mais especial que apreciar as pequenas coisas que as pessoas fazem pela gente. Às vezes, uma simples palavra pode mudar o meu dia. Sei que os amigos não se fazem de uma palavra, e sim de inúmeras. Porém, um conhecido pode se tornar um amigo se deixarmos ele falar mais de uma palavra.

Eu considero fácil construir uma amizade. É só se abrir a ela.
Lembrar de alguém quando vemos um filme, marcar chopps, ajudar um coleguinha bêbado, sair para dançar, ouvir bafões, falar de tudo e todos, chorar por um término, pedir colo, pedir dinheiro, pedir um biscoito no meio da tarde, mostrar o seu lado mais sensível, impor o lado mais marrento, rir, gargalhar, zoar, ser zoado, falar que ama, ouvir que é amado. Um abraço.
Símbolos da mais profunda e eterna amizade ao atual superficial e satisfatório conhecimento.

Quando eu morrer, não quero um enterro. Quero uma celebração do que foi a minha vida ao lado dos meus amados amigos, minha família e minhas paixões que passaram e me transformaram. Quero musica dançante e muita cachaça. Se for cerveja, só não pode ser Skol. De preferência, um churrasco. Mas com cebola e carne de soja para os vegetarianos.
Não quero flores. Elas murcham. Quero uma árvore plantada ao meu lado. Ela vai crescer e fazer sombra para mim. Como os meus amigos fazem. Eles me protegem.

Aos meus amigos.