domingo, 6 de julho de 2008

Why do you let me stay here?

Why do you let me stay here
All by myself?

Why don't you come and play here?
I'm just sitting on the shelf

Why don't you sit right down and stay a while?
We like the same things and I like your style

It's not a secret
Why do you keep it?
I'm just sitting on the shelf

I've gotta get your presents
Let's make it known
I think you're just so pleasant
I would like you for my own

Why don't you sit right down and make me smile?
You make me feel like I am just a child

Why do you edit?
Just give me credit
I'm just sitting on the shelf

Doo doo doo doo!....

terça-feira, 1 de julho de 2008

aquela blusa...

Ela esta com aquela blusa. Aquela que deixa os seios apontados para a minha direção. Seios pequenos. Lindos.
Se vira e joga palavras ao infinito. Sempre com um ar superior cheio de ironia:
- Não sou sua. Não sou de ninguém.
Nunca quis que ela fosse minha. Nunca quis o peso de ter algo tão perfeitamente belo. Queria apenas segurar, guardar.

Estava ela, despindo-se. A blusa, que deixava a mostra suas formas de menina, foi arrancada em um movimento brusco em meio a gritos inconseqüentes. Deixara apenas a calcinha que eu gostava. Uma azulada, comprada pelo impulso de pensamentos eróticos. Ela sabe o que me faz perder a calma.

- Pra que? Me diz. Pra que você me ama? Não mereço.
Tais palavras se confundiram com a minha vontade de meter a mão na cara dela. Apenas um tapa. Aquele que coloca em duvida todos os sentimentos que já foram exalados pela pele. Um que vem com a vontade pura do prazer anexado a desgraçada raiva intolerante.

- Merecer? Quem aqui esta dizendo algo sobre méritos?
A paixão não vem do mérito. O amor não vem de acumulo de pontos. Ele simplesmente vem. Ele é real. Realidade brutal e despedaçante que nos leva ao louco questionamento da razão. Tal conceito no amor não existe. Por isso, não ha méritos.

Olhos castanhos escuro. Seus cabelos se esfregam na minha pele enquanto a seguro pelos braços (aahhh..aqueles braços), deixando um odor irresistível de tesão. Apenas um fio consegue me afastar da realidade da duvida. Da incerteza absoluta. Lábios rosados, carnudos. Implorando para serem mordidos com desprezo. Vou te desprezar ate pedir pra parar. Quando pedir, vou lamentar aos seus pés e dizer que não ha escapatória. Me ajoelhar e berrar. Urrar ao mundo que preciso do teu sabor para continuar nessa vida de imperfeições.

Continuo no caminho mortal para alcançar suas virtudes e um dia, acordar sonhando com você.

A que vim

Tenho um pouco de inveja dessas pessoas. Sabe, essas que sabem exatamente o que querem para suas vidas. De profissão, de relacionamento, de futuro em geral.
Eu muitas vezes não sei nem o que vestir pra dormir. Consigo ficar na duvida se coloco uma blusa com manga ou sem, calça ou short.
Tenho olhado muito para os lados e visto pessoas realmente realizadas com suas vidas.
Que raiva que me da. Começo a sentir um calor no peito, um descontrole e me pego olhando com olhar marrento e de desprezo pra pessoas que eu nem sequer troquei um oi nessa vida.
Tento pensar que vai que o dono da empresa onde eu trabalho é brocha e que o filho mais velho é viado e a mulher tem um caso com o seu melhor amigo. Ai minha vida seria melhor que a dele. Mas vai que ele não sabe da traição, aceita o filho e toma viagra e tudo se resolve? Ai ele continua sendo o dono da empresa, com muito dinheiro, satisfeito na vida pessoal e ainda por cima, paga os funcionários em dia?
Ai me lasquei.
Tento pensar quando foi que ele decidiu fazer o que ele faz: administrar uma empresa. Sei que não eh assim, que ele pode ter sido boy, depois estagiário, ai contratado como treinee, depois junior , depois sênior e com muitos anos de casa, chega a diretor.
Mas em que ponto da chamada carreira dele ele pensou: quero ser diretor dessa empresa?
Eu me vejo aqui, sentada no meu cubículo empresarial, dando de cara para uma parede, fazendo o tal clipping. O que é isso? Tenho que olhar muitos meios de comunicação e diversas publicações destes para saber se o nome da minha empresa saiu em algum deles. É um trabalho digno, porem brainless. Isto é, meus neurônios estão de ferias desde que tive que tirar 9,1 na prova de física do segundo ano do colégio para não repetir a serie.
Faculdade não conta. Barzinho todos os dias e muitos trabalhos em grupo.
A vida era uma festa nesse período. Não to dizendo que a minha vida é ruim, que sofro, que gente que eu gosto esta mal, que meu emprego paga uma miséria, que eu não tenho amigos. Muito pelo contrario. As vezes ate me sinto mal de pensar nas coisas que penso. De sentir as coisas que sinto. Mas infelizmente, eu sinto.
E podem deixar, estou na terapia para resolve-los. Porem , contudo, todavia, a cabeça não se resolve de um dia para o outro. Por isso deste texto.

Penso ca com meus botões: do que uma pessoa formada em jornalismo que foi contratada em uma empresa que tem plano de saúde, um refeitório, ótimo ambiente de trabalho e que paga bem pode estar reclamando? Simples. Não sei quem eu sou ou a que vim.
Papas, Madres Terezas, Pelés da vida. Todos descobriram um sentido, sabiam suas funções nesse mundo guloso, sedento por almas que vivemos.
Eu confesso. Não tenho a menor idéia da minha.
Quando eu era mais nova me via fazendo muitas coisas no meu futuro: cuidando de bichinhos. Essa idéia se foi quando os filhotes da minha cadela morreram. Criança é foda. Traumatizei.
Trabalhando coma ativista do Greenpeace. Odeio frio. Fico de mau humor. Me imaginei ja no Alasca pra salvar pingüins e amarelei.
Em uma banda famosa de rock. Tentei. E dei uma de Xuxa em lua de cristal. Fugi dos palcos.
Arranjei esse emprego que estou hoje muito porque ja tinha visto todos os filmes da sessão da tarde e precisava de dinheiro pras minhas noitadas, que mamãe ja não queria mais pagar.
Ta certa ela. Vagabunda e sem visão de futuro. Isso é que é uma filha exemplar.