quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Insólito e insolente

Tudo se passa nos dias de hoje. De agora.
Um presente que passou e surgirá.
Um momento novo repetidamente balzaquiano.
- Estou confuso.
Ela parou, ouviu e recordou: “Já fui assim.:
No dado tempo era ele quem soltava tais palavras sem sentido.
Confuso? Com o que? Com sua vida dedicada a agradar a todos menos a você próprio, ou com o fato do seu trabalho ser o tão sonhado por muitos e dado como um preenchedor de horas dos seus dias; ou talvez com seu relacionamento com sua gloriosa família, da qual todos querem fazer parte e você não pode ver defeito, pois você sabe a sorte que tem de ter um lar com amor?

Confusão instruída por pensamentos insólitos e sem base de informação e veracidade. Então, perturbação essa por conta de que?
- Amo, sei amar, já amei?
Questão; posso amar? O jovem toma ar e pensa no coração que bate em seu peito enquanto aquela criatura o encarava.
Criatura. Jovem, sedutora, cativante, sensualmente real, de banquidão na pele como a neve que um dia ele pode tocar. Tão branquinha. Olhos castanhos amendoados fixados nos lábios daquele paquiderme sem escrúpulos que a caluniava indagando seus sentimentos por tal entidade que no momento, o confrontava.
- Será que quero ser livre? O que é ser livre? Não sou livre?

Fugir sempre foi a solução para o fraco imaturo que num piscar, já vira que havia feito a maior das burrices. Culpa. Colocou a culpa e a responsabilidade de sua liberdade estar sendo domada em sua amada, em sua companheira.
Esta, que nada mais quer que a felicidade seja plena, que o amor tome as rédias da vida.
- Va embora. Me deixe, então.

Ele, já manifestando incerteza da duvida da certeza de não saber o que quer, se debulhou em um pranto infantil e pequeno. Egoísta e inconformado.
Pronto. Me envenenei, me traí. Me apunhalei por tolices insolentes que perseguem o pensar de um bobo, da corte mais suprema dos bobos.
Como alguém pode ser tão tolo. Ele crê nas estrelas, na magia do sol, no luar incandescente, na pureza das águas mais claras e límpidas, nos formatos das nuvens chamadas de algodões. Mas não podia crer que estava feliz.
Não podia apenas admitir que a linda donzela ali parada, chicoteada com as palavras recém saídas do seu âmago de anta, era A mulher. Aquela sabe, que simplesmente ama.
Ele a perdia a cada segundo. Brilho, luz, cor, foco. Tudo já podia estar perdido.
Em pouco tempo ele percebera. Fez com que um ser de infinita importância em sua vida, virasse um ser apenas. Um simples ser que esta, que é.

Não pode crer.
Suplica que haja uma borracha de potencia universal que apague tais besteiras jorradas em textos baratos cuspidos pela boca sem pudores.
Não ha. Tudo tem conseqüência. Palavras, atos, desvios.
Ele chora, se contorce. Quero. Preciso. Como posso viver sem? De onde pode ter vindo que não é essencial?
Ela, da mais pura nobreza e sabedoria sabe que nada é essencial. Apenas você é necessário para você mesmo.

Ele se ajoelha. Pede perdão. Quer o brilho e a porpurina de volta. Fará qualquer coisa.

Tempo. Resposta.
Ajoelhado na mesma posição, ele espera. Continua. Ate o tempo passar.
Que passe. Ele espera, engole o medo.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Foundations

My fingertips are holding on to the
Cracks in our foundations,
and I know that I should let go,
but I can't.
And everytime we fight,
I know its not right,
every time that your upset and I smile,
I know I should forget,
but I can't



...............................................Kate Nash

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Daydreamer...

Soaking up the sun he is a
Real lover, makin up the past and feeling up his girl like he's never felt her figure before
Her joy (..?)
Looks good when he when he walks, he is the subject of their talk
He would be hard to chase, but good to catch and he could change the world with his hands behind his back, Oh?

You can find him sittin on your doorstep
Waiting for the surprise
It will feel like he's been there for hours
And you can tell that he'll be there for life

Daydreamer, with eyes that make you melt
He lends his coat for shelter because he?s there for you when he shouldn't be
But he stays all the same, waits for you and then sees you through
There's no way I could describe him
All I say is, just what I'm hoping for

But I will find him sittin on my doorstep
Waiting for the surprise
It will feel like he's been there for hours
And I can tell he'll be there for life
And I can tell he'll be there for life


...........................................................Adele


sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Lúdico

Não é de sempre que ela transparece.
Não é comum tal brilho fosco em clima de nevasca branca e branda.
Subsidio enlouquecido da alma perdida em baixo da lua.
Em noite de breu molhado de suor.
Pele macia que lava. Que leva. Que passa. Que rega.
Fio de linha na mesa de cabeceira cortado da manga de um traje folclórico.
Tradição contemporânea já esquecida por rodeios indefinidos da mente.
Ela se vai. Eu fico.
Reflito no lúdico da parede verde que me cobre chamando esperança.
Sempre fui. Sempre calei. Sempre sorri. Sempre vaguei.
Vaga lembrança em vazio pleno da madrugada.
Sorriso iluminando a dimensão eufórica da realidade.
O vermelho completando meus dedos, braço, pescoço, boca, louca.
Piso no chão. Não o ultrapasso. Firme. Descompasso.